terça-feira, 12 de outubro de 2010

Assassins Creed Brotherhood- Review


By Bruno

Fonte: BAIXAKI JOGOS

Assassin’s Creed: Brotherhood é um dos títulos mais aguardados do ano, sem dúvida alguma. As aventuras de Altaïr e Ezio conquistaram uma legião de fãs — com razão — e proporcionaram inúmeras horas de diversão a todos aqueles que curtem um bom jogo de ação. Brotherhood pretende diversificar ainda mais a experiência com a inclusão de multiplayer — e julgando pelo que vimos na demo, tem tudo para arrebentar.
Identidade própria
Img_normalA versão demonstrativa liberada hoje possui apenas um modo de jogo online, que consiste em um free-for-all no qual o objetivo é eliminar os alvos recebidos. Mas como é difícil explicar sucintamente todas as nuances da experiência, vamos voltar um pouco no tempo e começar o relato do início: de quando abrimos pela primeira vez o game.
Ao entrar na tela principal, já recebemos uma série de avisos que ressaltam o caráter inacabado do produto: “favor não considerar esse o jogo completo”, “tenha em mente que este é um trabalho em andamento” e tudo mais. Mas ao chegar ao menu é possível ver que o andamento do título já está bem adiantado, considerando que temos o menu completo em mãos.
Como se trata de uma demo, no entanto, não é possível acessar as configurações gerais, os créditos ou o modo campanha, por exemplo. A única opção disponível é o multiplayer. Nada mal, já que essa é uma das principais curiosidades dos usuários com relação ao título, uma vez que essa grande inovação pode render boas horas extras de jogo quando a campanha tiver sido completada.
Vale lembrar que títulos que originalmente focam no single player geralmente têm alguns problemas para fazer a transição para o multiplayer, já que tentam encaixar seu estilo de jogo em formas já montadas: arena, deathmatch, capture the flag... Assassin’s Creed: Brotherhood, por outro lado, decide fazer o caminho inverso: criar um modo multiplayer que seja adaptado à experiência de jogo típica da franquia.
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Assim, ao acessar o menu multiplayer o jogador encontra apenas algumas opções disponíveis, mas é interessante notar que a possibilidade de personalização de seu personagem já está presente, mesmo que bloqueada após certo ponto. E até oito personagens diferentes estão disponíveis para uso, em partidas que comportam — não coincidentemente — até oito jogadores.
Não confie em ninguém
O protagonista do título, Ezio, não aparece nessa versão demonstrativa, mas os outros personagens da capa do game estão presentes. São todos matadores, embora não necessariamente assassinos propriamente ditos — no sentido de fazer parte da ordem. Ainda assim, são eficientes no que se propõem a fazer: eliminar alvos da melhor forma possível.
Cada partida se dá em determinado cenário de Roma: Castel Gandolfo, um mercado da cidade ou uma feira noturna — foram os três que conseguimos jogar, e que vimos nas telas de carregamento. Todos nos pareceram bem construídos, com estilos diferentes e obstáculos próprios, demandando estilos de jogo distintos.
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Ao entrar em uma partida, o jogador recebe imediatamente uma imagem de um alvo a ser eliminado: essa é a vítima que deve ser encontrada e morta. Para isso, existe uma espécie de bússola na interface que indica o quão perto você está de seu alvo — mas não diz exatamente quem ele é, então é preciso muita atenção para não matar inocentes.
Ter uma foto, no entanto, deveria tornar tudo bem fácil, certo? Na verdade, não. Isso porque existem inúmeros NPCs exatamente iguais aos oito personagens jogáveis perambulando pelos mapas. E, graças às capacidades de dissimulação e furtividade que os protagonistas possuem, eles podem se misturar à multidão — além de terem várias cartas na manga para quando as coisas dão errado.
O mais interessante é que cada jogador recebe um alvo, então todos estão constantemente caçando e sendo caçados — mas é impossível saber quem é seu algoz. Assim, é preciso suspeitar de qualquer movimento estranho por parte de um personagem, para identificar se é um NPC ou jogador, e se ele está atrás de você.
Img_normalPara incrementar ainda mais as coisas, é possível que mais de uma pessoa tenha o mesmo alvo, então existe uma competição para ver quem chegará a ele primeiro — e o caçado deve ter ainda mais cuidado pois tem mais de uma pessoa em sua cola. É possível ter até mesmo quatro outros usuários — ou seja, metade da sala — atrás de você, caso esteja indo muito bem.
Esse jogo mental de identificação de ameaças e inimigos é o que compõe o cerne da jogabilidade desse modo multiplayer exposto na versão demonstrativa. Para ser bem sucedido, é preciso pesar cada movimento: será que agora é seguro correr, ou serei identificado? Posso acelerar o passo ou devo ficar escondido dentro desse monte de feno? Vale a pena me disfarçar como um outro personagem e ficar conversando com um NPC que possui a minha aparência anterior, para despistar meu caçador?
Tudo isso é tratado com maestria pelo game, e as partidas se tornam extremamente dinâmicas. A todo momento que você vê alguém fazer um movimento brusco uma luz acende na cabeça: é preciso tomar cuidado com ele. Mas se isso o distrair por mais de um segundo, seu verdadeiro caçador pode aparecer furtivamente por trás e dar um fim a sua existência virtual.
É bom lembrar que, ao contrário de outros games competitivos, Assassin’s Creed: Brotherhood utiliza um sistema de pontos. Dependendo de como você assassinou seu alvo (de maneira furtiva, acrobática, silenciosa, barulhenta, calma, agitada) você ganha bônus de pontos. Fica na frente na tabela quem tem mais pontos acumulados, e não quem matou mais. Não é incomum que uma pessoa que matou apenas três ou quatro alvos, mas que o fez de maneira impecável, acabe em melhor posição do que outro que matou a todos como um bárbaro sanguinolento.
Bom e bonito, mas ainda defeituoso
Não temos reclamação nenhuma a fazer sobre a experiência de jogo em si — em nossos testes ela se revelou excelente e absurdamente envolvente. A frustração de ser eliminado algumas vezes em sequência desaparece rapidamente quanto se pega alguém desprevenido e ganha muitos pontos. Ou quando se escapa de dois ou três perseguidores implacáveis.
Os problemas aparecem, no entanto, quando analisamos os sistemas que suportam essa jogabilidade. Para começar, nosso PlayStation 3 travou quatro vezes enquanto jogávamos, em um período de três horas. Isso é algo realmente frustrante, que não aconteceu em nenhum outro jogo que testamos nesse aparelho.
Além disso, os tempos de carregamento, tanto para entrar em partidas quanto para sair, são extremamente longos. Não foi incomum ficarmos esperando por mais de cinco minutos enquanto o jogo tentava se conectar a uma partida — e ainda aconteceu, algumas vezes, de termos que sair do jogo pois ficamos travados na tela de loading.
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O lag, por mais que seja reduzido, também foi um fator perceptível. E acontecia apenas com um e outro jogador que encontrávamos, não com todos — algo que indica que ainda existe espaço para aprimoramento da estrutura de rede do game. Especialmente para podermos encontrar pessoas próximas de nós dentro das salas, e não termos que nos limitar a jogar com amigos.
Fora esses problemas técnicos, os quais esperamos que a Ubisoft arrume antes do lançamento, Assassin’s Creed: Brotherhood tem tudo para ser um jogo excepcional, e seu multiplayer pode mostrar aos fãs novas formas de experimentar partidas online. Nós nos divertimos à beça, então não temos dúvida de que os outros modos têm potencial. Ficamos aguardando ansiosamente o dia 16 de novembro, data de lançamento do game.

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