quinta-feira, 9 de junho de 2011

Battlefield 3- Ánalise

By Bruno Hardy


Apesar da guerra constante entre Electronic Arts e Activision no setor dos games de tiro em primeira pessoa, a EA falou muito pouco sobre Call of Dutydurante sua participação na E3 2011. Em vez de se concentrar em ataques contra o rival, a empresa se limitou ao que realmente importa e mostrou seu principal produto: Battlefield 3.
Duas demonstrações diferentes foram exibidas durante a feira. A primeira, realizada durante a conferência da empresa, teve como foco uma nova missão do modo campanha. Já a segunda, feita a portas fechadas, apresentou à imprensa o tão esperado modo multiplayer do título.
Em vez de exibir a ação a pé com soldados enfrentando tropas inimigas, a EA preferiu exibir a ação sobre tanques, em uma campanha no deserto iraquiano. De maneira geral, a DICE, desenvolvedora de Battlefield 3, parece querer dar uma abordagem diferente à guerra, colocando o jogador na posição de um soldado comum, que muitas vezes pode ser até mesmo impotente perante as forças inimigas.
Como estamos em um deserto, a areia ao longe dificulta que os jogadores enxerguem muita coisa. E é exatamente essa fraqueza que é aproveitada pelos inimigos, que começam a atacar os tanques americanos à distância. Nesse momento, o jogador assume o controle do canhão principal do veículo, mas, na maioria das vezes, atira a esmo na direção da qual os torpedos inimigos estão vindo.
Para facilitar a visão, é possível ligar uma câmera térmica, permitindo maior visibilidade e facilitando os disparos. Tal recurso, porém, não permite que o jogador enxergue longe e parece diminuir a precisão. Fica a cabo de cada um decidir qual das duas opções de visualização é melhor.
Em um determinado momento, o avanço dos tanques é impedido por uma artilharia inimiga. É hora, então, de controlar um bombardeio que sobrevoa a ação e dar um fim definitivo aos inimigos. A explosão é vista dos céus, por meio de um visor térmico. Os tanques seguem em frente, liquidando o restante dos terroristas sobreviventes ao ataque aéreo.
Apesar de um pouco frustrante para a maioria dos jogadores, que esperavam um intenso combate entre tropas de infantaria, a demonstração no palco da conferência da Electronic Arts obteve sucesso em seu objetivo. Como a intenção da DICE era mostrar o alto nível de realismo, não existia alternativa melhor do que mostrar uma batalha bem próxima das que vimos na TV, em que não há tática ou tiros precisos. Apenas muita violência em um ambiente altamente hostil.
Você não está sozinho
A demonstração do modo multiplayer de Battlefield 3 foi exibida a portas fechadas. Como se trata de um trabalho não finalizado, registros em vídeo são restritos e os jornalistas são incentivados a falar sinceramente sobre o que acharam. Isso não significa que a Electronic Arts está insegura sobre um dos principais traços do título, mas reflete um aspecto da política perfeccionista da DICE.
Img_normalLogo de início, é possível perceber que os modos online tradicionais ganham uma adição de peso com a utilização da engine Frostbite 2. Acima de tudo, ela significa o fim dos campers, jogadores odiados por ficarem parados em um único lugar atirando em tudo que se mexe. Agora, qualquer ambiente é destrutível e, caso um oponente resolva se esconder no interior de uma casa, é possível trazê-la abaixo com uma explosão certeira.
Outro aspecto que merece ser citado é o tamanho dos mapas. A DICE define-os não como arenas, mas como “jornadas”. O único cenário disponível, Operation Metro, possibilita diversas estratégias diferentes para ataque e defesa pelos labirinto subterrâneo de túneis e estações do metrô de Paris.
Modificações interessantes também foram feitas no sistema de pontos de experiência. Em Battlefield 3, não é apenas o número de assassinatos cometidos que conta, mas também a quantidade de ações relacionadas à classe escolhida. Por exemplo, consertar um veículo com um engenheiro ou curar um companheiro utilizando o médico de campo garantem uma evolução ainda mais rápida do que simplesmente atirar contra os inimigos.
O Battlelog também tem recebido atenção da Electronic Arts. A espécie de rede social interna de Battlefield 3 tem como missão mudar para sempre a forma como os jogadores interagem com o game e permitirá marcação de partidas e comparação de pontuações. Esses aspectos, porém, são os mais básicos e esperados em qualquer rede que se preze. De acordo com a EA, há muito mais sobre o Battlelog do que foi anunciado até agora, já que a rede também poderá ser acessada por celulares e outros dispositivos móveis.
A conclusão que se tira da presença de Battlefield 3 na E3 2011 é que Call of Duty, finalmente, pode ter sua hegemonia ameaçada. O game de tiro da Electronic Arts não se limita apenas em ser um bom FPS, e quer apresentar também um novo paradigma estético e gráfico para os games do gênero. E, como disse o presidente da EA, John Riccitiello, os jogadores só têm a ganhar com toda essa concorrência.
Battlefield 3 chega ao mercado em 25 de outubro de 2011, para PlayStation 3, Xbox 360 e PC.

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