quinta-feira, 9 de junho de 2011

Hitman Absolution- Ánalise

By Bruno Hardy



Na edição deste ano da Electronic Entertainment Expo, a Square Enixdisponibilizou uma demonstração do próximo game estrelado pelo assassino careca e letal 47. Na versão apresentada no evento, os visitantes não podiam jogar o título que está sendo desenvolvido pela IO Interactive, mas apenas assistir a uma prévia de sua jogabilidade.
Em Hitman Absolution, a grande diferença em relação aos jogos anteriores da franquia é que desta vez 47 não está mais no controle da situação. Enquanto acompanhamos o agente anteriormente na invasão de domicílios e eventos nos quais os alvos estavam presentes, a história agora é diferente.
Caça urbana
Durante o nível presente na E3 é possível perceber o novo status do personagem: o de mais procurado da cidade. Tudo começa em uma biblioteca antiga e descuidada da cidade de Chicago. Há diversos livros antigos espalhados pelo local e muitos danos no interior, como paredes marcadas pela umidade e com falhas na pintura.

Além disso, o ambiente é dominado pela escuridão, exceto em poucos pontos que recebem a iluminação de algumas lâmpadas ou então das lanternas dos guardas que vasculham o local buscando por 47. Enquanto o assassino se esgueira pelo breu é impossível deixar de notar como os efeitos de luz e sombra estão bem trabalhados.
Para que os jogadores não se percam nos ambientes, o agente conta agora com o seu instinto, que funciona de maneira muito semelhante à Eagle Vision presente nos games da sérieAssassin's Creed. Quando acionado, os inimigos brilham no cenário e deixam um pequeno rastro luminoso por onde passam. Desse modo, a sua identificação se torna mais fácil.
Outra semelhança de 47 com os assassinos da Ubisoft fica por conta de sua agilidade. Enquanto desviava dos grupos de policiais, o anti-herói subia escadas e pulava de um balcão para o outro enquanto eliminava um a um os seus perseguidores.
Cada uma das mortes é feita de uma forma diferente. Um policial é enforcado com o auxílio de uma corda grossa, outro é atirado vários andares abaixo enquanto um terceiro perde a vida por conta de uma bala silenciosamente disparada pelo protagonista. Assim, o jogo promete mais uma vez oferecer uma grande diversidade de resolver os desafios que propõe.  
Fuga cinematográfica
Além dos ataques furtivos, a cena da biblioteca termina com o agente usando um policial como refém. Repentinamente ele vira o centro das atenções e todos os policiais se reúnem com as pistolas em punho apontadas para ele enquanto uma trilha sonora enche o clima de tensão.
O assassino sobe lentamente alguns lances de escada até chegar ao andar superior do edifício, onde quebra o pescoço de seu refém e foge para o topo da biblioteca. Quando 47 chega ao lado de fora, uma cena de transição ocorre. Há uma chuva torrencial e um helicóptero da polícia aponta holofotes no nosso fugitivo. Enquanto isso, a música se transforma em uma batida industrial pesada para acompanhar o ritmo da fuga.
É claro que todo esse evento retira em parte a liberdade da série, cujo grau de exploração dos ambientes sempre foi icônico. Afinal, para que essa cena seja ativada é necessário que sempre se saia pelos telhados, gerando uma linearidade estranha em relação a outros HItman.
Em contrapartida, a tensão gerada é bem interessante e a guinada na direção de um evento mais cinematográfico colabora bastante com a trama. Pois, tanto a trilha como os efeitos utilizados criam um clima emocionante de perseguição implacável.
Esconde-esconde valendo a vida
Após a cena do helicóptero, outro elemento que já estava presente em outros jogos da sérieHitman aparece. O assassino encontra com um policial que está sozinho na ronda que seria a sua última. Após matá-lo, 47 se desvencilha da atenção de seus perseguidores ao utilizar o uniforme de sua última vítima.
A fuga, no entanto, não chega ao fim. Enquanto anda pelas ruas, o matador silencioso precisa sair da área em que tudo está acontecendo. Assim, ele acaba entrando em um apartamento no qual uma festa entre usuários de drogas acontece. Alguns estão alterados demais para perceber a presença do atirador, enquanto outros correm para esconder as suas posses ilegais.
No entanto, 47 não é um homem da lei e não precisa realizar nada no local. Assim, ele sai do lugar e encontra outros policiais nos corredores que estão batendo de porta em porta à procura de um certo homem careca. É possível se desvencilhar dos dois ou então atacá-los com o que estiver em mãos (como um dos cachimbos encontrados na festa do outro apartamento).
Logo após isso, o anti-herói vai para as ruas sempre na direção oposta de onde veio. Quando grupos de policiais cruzam o seu caminho na rua, há um pequeno efeito de slow motion depois do qual o personagem dá uma leve abaixada em seu quepe enquanto olha para baixo para não ser reconhecido. Mais um efeito que aproxima o jogo de um filme de perseguição, ao estilo de “Identidade Bourne”.

Por fim, 47 consegue chegar até um das estações de trem da cidade, onde entra em um vagão e se esconde à grande massa de cidadãos de Chicago. Com este término da demonstração, é possível concluir que Absolution certamente proporcionará uma experiência diferente dos demais jogos estrelados pelo matador careca.
Contudo, isso não significa que devemos reduzir as expectativas a respeito deste novo título. Afinal de contas, é sempre interessante verificar situações em que os papéis de certos personagens são invertidos, como aqui em que o homem acostumado a matar precisa usar toda a sua habilidade para não ser capturado.

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